Evento + Emoções = Programações
- Rafael Feltran
- 27 de set.
- 2 min de leitura
É assim que acontece o aprendizado do subconsciente:
Desde o momento em que nascemos, nosso cérebro começa a processar as experiências do mundo ao nosso redor. Cada evento que vivenciamos é imediatamente associado a uma emoção — seja ela positiva, como alegria e segurança, ou negativa, como medo, tristeza ou raiva. Essa ligação entre o que aconteceu e o que sentimos é a forma como o nosso subconsciente "aprende" e interpreta as situações.
Por exemplo, imagine que uma criança toca em um fogão quente pela primeira vez. A dor causada pelo fogo gera um medo instantâneo e muito intenso. A partir dessa experiência, o subconsciente associa o ato de tocar no fogão à dor e ao perigo, criando uma espécie de "programação" que evitará que a pessoa repita essa ação no futuro.
Essa conexão entre um evento específico e a emoção associada é a base da programação mental. O subconsciente entende que essa relação é permanente e passará a reagir automaticamente da mesma forma sempre que a situação se repetir, mesmo que, em um momento posterior, a circunstância seja diferente. Por isso, muitas vezes reagimos a situações do presente com base em aprendizados do passado, que nem sempre são úteis ou adequados para o momento atual.
Essa programação pode ser tanto benéfica quanto limitante. Por exemplo, uma pessoa que passou por uma experiência negativa em uma apresentação pública pode desenvolver ansiedade ou medo de falar em público. Essa emoção ficou gravada no subconsciente, moldando comportamentos futuros, muitas vezes sem que ela perceba a verdadeira origem do problema.
É aqui que entra a hipnoterapia, uma técnica poderosa que auxilia na reprogramação mental. Mas o que isso significa exatamente? Trata-se de um processo em que, através de estados de relaxamento profundo, a mente consciente se torna menos ativa e o subconsciente fica mais acessível. Nesse momento, é possível trabalhar diretamente com as memórias e emoções gravadas para substituir padrões antigos e inadequados por pensamentos e respostas mais adaptativas e positivas.
A hipnoterapia não promete milagres ou soluções instantâneas, mas oferece uma forma segura e eficaz de utilizar o próprio potencial da mente para promover mudanças internas profundas. Por meio dela, é possível ressignificar experiências passadas, modificando a interpretação emocional que foi atribuída a determinados eventos, e assim, abrir espaço para comportamentos mais construtivos e equilibrados.
Por exemplo, uma pessoa que sente medo excessivo de dirigir pode, com o auxílio da hipnoterapia, acessar a origem desse medo — talvez um acidente no passado — e trabalhar essa emoção para que ela deixe de controlar suas ações, permitindo que volte a dirigir com confiança.
Em resumo, o processo de aprendizado do subconsciente é contínuo e molda nossa forma de perceber e reagir ao mundo. Quando identificamos que certas programações internas não nos servem mais, podemos buscar ferramentas, como a hipnoterapia, que possibilitam uma reprogramação, ajudando a transformar emoções e crenças limitantes em novas formas de pensar e agir, mais alinhadas com o nosso crescimento pessoal.



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